O vice-presidente da República Hamilton Mourão não crê na possibilidade de que uma CPI da Petrobras saia do papel. O motivo? Falta de timing político.
“Eu acho que não vai nem andar isso aí, né? Não tem nem tempo. Nós estamos aí já em fase quase eleitoral, vamos falar assim. Em mais um mês e meio, inicia-se a campanha. Então, acho difícil que uma CPI vá andar neste momento”, declarou, nesta segunda-feira ao chegar em seu gabinete.
Mourão disse ainda que, embora o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) tenha dado um ‘apoio fantástico’ para levar adiante a Comissão, ainda seria necessário colher as assinaturas necessárias para instalar o colegiado.
Pressionado por Bolsonaro e Lira, o presidente da Petrobras, José Mauro Coelho, pediu demissão nesta segunda-feira. É o terceiro a cair nestes quase quatro anos de governo Bolsonaro.
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
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