Mourão diz que decisão do STF sobre passaporte vacinal deve ser cumprida: ‘Bobagem essa discussão’

Vice-presidente não quis opinar sobre decisão, a jornalistas declarou: ‘Bobagem essa discussão. Não traz benefício nenhum, só gera atrito’

O General Hamilton Mourão, vice-presidente do Brasil. Foto: Suamy Beydoun/AGIF/AFP

Apoie Siga-nos no

O vice-presidente, general Hamilton Mourão, afirmou nesta segunda-feira 13 que o governo federal deve cumprir a decisão do Supremo Tribunal Federal que determinou a obrigatoriedade da adoção do passaporte de vacina no Brasil sem discussões. O militar também se negou a opinar sobre a decisão proferida por Luís Roberto Barroso. A declaração foi dada a jornalistas em Brasília.

“Decisão judicial não se comenta, né, se cumpre”, destacou Mourão ao ser questionado sobre o tema. Instigado por jornalistas a fazer uma avaliação sobre a decisão ser positiva ou negativa, o general se negou e justificou:

“Essa discussão eu acho que é uma discussão que não cabe, né? Bobagem essa discussão. Não traz benefício nenhum, só gera atrito. E atrito só gera desgaste”, respondeu.

O governo federal deve publicar uma nova portaria para se adequar à decisão de Barroso, que também será avaliada pelo plenário virtual do STF nos próximos dias.

No despacho, Barroso determinou que o passaporte seja adotado para todos os viajantes que desembarcam no Brasil. O ministro prevê duas exceções: quem possui comprovadas restrições médicas aos imunizantes ou quem chega de países que não tenham vacinas disponíveis. Neste caso, os não vacinados terão que cumprir uma quarentena.

Recentemente, o governo federal já havia expedido uma portaria em que previa a adoção de um passaporte vacinal, assim como a liberação para viajantes com teste de Covid-19 negativos e quarentena de cinco dias para quem não estivesse imunizado. A portaria foi derrubada após o hackeamento dos sistemas do Ministério da Saúde.


 

Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.

Já é assinante? Faça login
ASSINE CARTACAPITAL Seja assinante! Aproveite conteúdos exclusivos e tenha acesso total ao site.
Os comentários não representam a opinião da revista. A responsabilidade é do autor da mensagem.

0 comentário

Relacionadas

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

 

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.