CartaExpressa

MP de Contas pede acesso a relatório engavetado por Bolsonaro que não apontou fraude eleitoral

Segundo o documento, elaborado em dezembro do ano passado, ‘não foram verificadas inconsistências no sistema eletrônico’

O ex-presidente Jair Bolsonaro. Foto: Evaristo Sá/AFP
Apoie Siga-nos no

O Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União solicitou à Controladoria-Geral da União o acesso ao relatório produzido pelo órgão, a pedido do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL_, que não identificou inconsistências nas urnas eletrônicas. O documento foi engavetado pelo governo.

Em ofício encaminhado ao ministro-chefe da CGU, Vinicius Marques de Carvalho, o subprocurador-geral Lucas Rochas Furtado destaca ser “imperioso conhecer e avaliar a autenticidade do referido relatório”.

“Tal medida se faz necessária a fim de conhecer e avaliar se o ex-presidente Sr. Jair Bolsonaro tinha conhecimento da inexistência de fraudes nas eleições e, mesmo assim, continuou intensificando a divulgação de fake news a ensejar incertezas sobre o sistema eleitoral brasileiro com possível dano ao erário”, acrescenta Furtado.

No ofício, ele solicita ainda que a AGU encaminhe em até dez dias a cópia do relatório conclusivo para análise.

Segundo o relatório elaborado pela CGU em dezembro do ano passado, “não foram verificadas inconsistências no sistema eletrônico de votação”. Realizado por ordem de Bolsonaro, o documento foi obtido pelo jornal O Globo via Lei de Acesso à Informação. 

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Relacionadas

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.