CartaExpressa

MPF apresenta ação contra Roraima por declarações discriminatórias do governador sobre yanomamis

‘Eles [indígenas] têm que se aculturar, não podem mais ficar no meio da mata, parecendo bicho’, disse Denarium em entrevista

O governador de Roraima, Antônio Denarium. Imagem: GOVRR
Apoie Siga-nos no

O Ministério Público Federal ajuizou uma ação civil pública contra o estado de Roraima depois de o governador Antonio Denarium (PP) proferir declarações discriminatórias sobre o povo Yanomami.

A ação se baseia em afirmações de Denarium em uma entrevista à Folha de S. Paulo. “Eles [indígenas] têm que se aculturar, não podem mais ficar no meio da mata, parecendo bicho”, disse o governador.

Em outro trecho, minimizou a desnutrição presente entre os indígenas, dizendo que o problema não existiria somente no estado e que não era possível vincular a atuação do garimpo à situação yanomami.

No entendimento do MPF, o governador utilizou expressões que desumanizaram e menosprezaram a cultura yanomami, incentivando o abandono do seu modo de vida tradicional. As declarações, segundo o órgão, também minimizaram a crise humanitária e o impacto da ação do garimpo na saúde, no modo de vida e no território do povo.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Relacionadas

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.

Quero apoiar