Mudança na meta de inflação não está na pauta do CMN, diz Haddad

O conselho se reúne na quinta 16; ele é composto também pela ministra do Planejamento, Simone Tebet, e pelo presidente do BC, Roberto Campos Neto

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, assume o cargo em cerimônia no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) | Marcelo Camargo/Agência Brasil

Apoie Siga-nos no

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou nesta terça-feira 14 que uma revisão na meta de inflação não está na pauta da reunião do Conselho Monetário Nacional marcada para a quinta 16. Para este ano, o índice fixado é de 3,25%, com tolerância de 1,5 ponto percentual. Em 2024 e em 2025, a taxa a ser perseguida é de 3%.

Compõem o CNM, além de Haddad, a ministra do Planejamento, Simone Tebet, e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. O encontro ocorrerá em meio a críticas do presidente Lula (PT) à taxa básica de juros, mantida pelo BC em 13,75% ao ano há quatro reuniões do Copom.

“Não está [na pauta]. Existe uma coisa chamada pré-comoc, que define a pauta do CMN. Não está na pauta”, afirmou Haddad a jornalistas em frente ao Ministério da Fazenda.

Ele ainda defendeu que “temos de buscar harmonizar a política monetária com a fiscal, porque você não consegue cumprir o fiscal sem o monetário ajudar”.

Na segunda 13, em entrevista à TV Cultura, Campos Neto afirmou discordar de uma alteração na meta de inflação.

“Se a gente fizer uma mudança agora, sem um ambiente de tranquilidade e um ambiente onde a gente está atingindo a meta com facilidade, o que vai acontecer é que você vai ter um efeito contrário ao desejado. Ao invés de ganhar flexibilidade, você pode terminar perdendo flexibilidade”, alegou no programa Roda Viva.


Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.

Já é assinante? Faça login
ASSINE CARTACAPITAL Seja assinante! Aproveite conteúdos exclusivos e tenha acesso total ao site.
Os comentários não representam a opinião da revista. A responsabilidade é do autor da mensagem.

0 comentário

Relacionadas

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

 

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.