O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou nesta terça-feira 14 que uma revisão na meta de inflação não está na pauta da reunião do Conselho Monetário Nacional marcada para a quinta 16. Para este ano, o índice fixado é de 3,25%, com tolerância de 1,5 ponto percentual. Em 2024 e em 2025, a taxa a ser perseguida é de 3%.
Compõem o CNM, além de Haddad, a ministra do Planejamento, Simone Tebet, e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. O encontro ocorrerá em meio a críticas do presidente Lula (PT) à taxa básica de juros, mantida pelo BC em 13,75% ao ano há quatro reuniões do Copom.
“Não está [na pauta]. Existe uma coisa chamada pré-comoc, que define a pauta do CMN. Não está na pauta”, afirmou Haddad a jornalistas em frente ao Ministério da Fazenda.
Ele ainda defendeu que “temos de buscar harmonizar a política monetária com a fiscal, porque você não consegue cumprir o fiscal sem o monetário ajudar”.
Na segunda 13, em entrevista à TV Cultura, Campos Neto afirmou discordar de uma alteração na meta de inflação.
“Se a gente fizer uma mudança agora, sem um ambiente de tranquilidade e um ambiente onde a gente está atingindo a meta com facilidade, o que vai acontecer é que você vai ter um efeito contrário ao desejado. Ao invés de ganhar flexibilidade, você pode terminar perdendo flexibilidade”, alegou no programa Roda Viva.
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