‘Não se pode deixar de admirar um país que sai do feudalismo para se tornar a 2ª economia’, diz Dilma sobre a China

O país representa 'uma luz nessa situação de absoluta decadência e escuridão', avalia a ex-presidenta

A ex-presidenta Dilma Rousseff (PT). Foto: Roberto Stuckert Filho/PR

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A ex-presidenta Dilma Rousseff afirmou nesta segunda-feira 22 que a China “representa uma luz nessa situação de absoluta decadência e escuridão que é atravessada pelas sociedades ocidentais”. A petista participou do lançamento virtual do livro China: o socialismo do século XXI (Editora Boitempo), de Elias Jabbour e Alberto Gabriele.

Dilma anotou os “erros” cometidos no processo de desenvolvimento da China nas últimas décadas e afirmou que “é impossível uma produção humana não ter erros”. Ela disse, porém, que “não se pode deixar de admirar um país que sai do feudalismo e do mais brutal controle colonialista para se tornar a 2ª economia do mundo e a 1ª já em termos de paridade”.

“Tudo indica que antes da próxima década poderemos ver a China se transformar na maior economia do mundo”, prosseguiu Dilma. Ela ainda destacou a “soberania monetária” chinesa, expressa pela “capacidade do Estado de controlar a política monetária para além dos interesses financeiros”.

Segundo a ex-presidenta, esses “marcos da China são muito importantes, porque o país não permite a ocorrência de uma crise tipo Lehman Brothers”. Ela se refere à quebra do banco americano de investimentos em 2008, o que gerou uma crise financeira global.

Em sua exposição sobre a China, Dilma também declarou que “uma das questões mais importantes é a ênfase que se dá à questão do planejamento racional”, o que classificou como “uma característica distintiva”.

Participaram do debate, além de Dilma, Elias Jabbour e Silvio Almeida, advogado, filósofo e professor da Fundação Getúlio Vargas.


 

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