‘Não vamos transformar a escola em prisão de segurança máxima’, diz Lula em reunião sobre violência

O presidente também centrou suas críticas na conduta das redes sociais, 'que ganham dinheiro com a divulgação da violência'

Foto: Evaristo Sá/AFP

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O presidente Lula (PT) afirmou nesta terça-feira 18 que as escolas não podem ser transformadas em “prisões” e que os pais têm participação decisiva no processo de diminuir a violência contra unidades de ensino no País.

Chefes dos Três Poderes, governadores e ministros se reuniram nesta manhã no Palácio do Planalto a fim de discutir instrumentos para reforçar a segurança no ambiente escolar, após ataques como o de Blumenau (SC).

“Quando uma criança acha que uma arma é a solução, por que ela acha? Ela viu na Bíblia? Não! No livro escolar? Não! Ela ouviu do pai ou da mãe dentro de casa. E é por isso que a gente precisa ter em conta que sem a participação dos pais não recupera um processo educacional correto”, disse Lula. “Não vamos transformar as nossas escolas em uma prisão de segurança máxima. Não é humanamente correto, socialmente correto.”

O petista também centrou suas críticas na conduta das redes sociais, “que ganham dinheiro com a divulgação da violência”.

“Estamos diante de um fato novo, porque a violência existe na nossa vida desde que a gente nasceu. O fato novo é que invadiram o lugar que para nós é tido como lugar de segurança. Toda mãe, quando leva o filho para uma escola ou creche e deixa o filho lá, tem certeza de que o filho está seguro. Isso ruiu”, lamentou o presidente. “Ruiu porque temos um instrumento avassalador.”

Entre outros, participaram da agenda com Lula:


  • a presidente do Supremo Tribunal Federal, Rosa Weber;
  • o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Alexandre de Moraes;
  • o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB);
  • o presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG); e
  • os ministros Camilo Santana (Educação) e Flávio Dino (Justiça).

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