CartaExpressa
Nos EUA, Bolsonaro diz que sua ‘missão’ como presidente do Brasil ainda não acabou
Declaração foi dada em uma igreja, onde o ex-capitão reclamou do salário de 33 mil reais para ocupar o cargo
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou acreditar que sua missão como chefe do Executivo do Brasil não teria acabado, apesar da derrota nas urnas na última eleição. A declaração foi dada em uma igreja em Orlando, nos Estados Unidos, país em que ele está desde dezembro do ano passado e sem previsão oficial de retorno.
“[Ser presidente] foi uma experiência, que eu entendo como missão…se Ele assim entender…entendo que essa missão não acabou ainda”, afirmou o ex-capitão. Após a declaração, é possível ouvir gritos de ‘amém’.
No curto vídeo revelado pelo site Metrópoles nesta sexta-feira 24, Bolsonaro também reclama de ter ocupado o cargo e ironiza a posição, questionando ‘qual pecado’ teria cometido para ter sido eleito em 2018. Nas imagens, é possível ver ainda o ex-capitão reclamando do salário recebido:
“Alguém sabe quanto foi o meu salário bruto em dezembro do ano passado? 33 mil reais. Dá aí uns 6 mil dólares. Compensa?”, questiona Bolsonaro. “[Mas] Você não vai para lá para ser recompensado financeiramente”, minimiza em seguida.
Na palestra concedida nos EUA, o ex-capitão faz ainda ataques aos ministros do governo Lula. Nas declarações, pede que apoiadores comparem a qualidade da equipe formada por ele com a atual equipe do petista.
“Tem alguns [ministros] lá que pelo amor de Deus. Extrapolam. Eu vi, lá, a ministra do Esporte falando esses dias. Eu olhei assim e parecia aluna da Dilma. Entre outros ali…não tem como dar certo”.
Relacionadas
CartaExpressa
Jair Renan é exonerado de gabinete no Senado para disputar a eleição
Por CartaCapitalCartaExpressa
Milei deve viajar ao Brasil e se encontrar com Bolsonaro
Por CartaCapitalCartaExpressa
Lula volta a criticar Campos Neto: ‘Não se pode ter um BC desalinhado com o desejo da nação’
Por CartaCapitalCartaExpressa
Governo deve fracionar reforma administrativa, diz Esther Dweck
Por CartaCapitalApoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.