CartaExpressa

‘O Moro é a maior decepção que já tive na Justiça e na política’, diz José Padilha

O ponto central que fez o cineasta mudar de opinião sobre a atuação do ex-juiz foi o vazamento das conversas com procuradores

Apoie Siga-nos no

O cineasta José Padilha, responsável pela série O Mecanismo, em que Sergio Moro é tratado como herói, admitiu que o ex-juiz foi “a maior decepção” que teve na Justiça e na política.

Em entrevista à Veja, publicada nesta sexta-feira 27, Padilha também reconheceu que o ex-presidente Lula foi perseguido pelo ex-ministro da Justiça do governo do presidente Jair Bolsonaro (PL).

“O Moro é a maior decepção que já tive na Justiça e na política brasileira. Ele virou ministro do Bolsonaro após uma eleição na qual ajudou a eliminar o Lula”, declarou o cineasta. “E no minuto em que você faz isso e vira ministro do cara que foi eleito, demonstra claramente qual o seu caráter”.

Na conversa, Padilha disse que o ponto central que o fez mudar de opinião sobre a atuação de Moro foi o vazamento das conversas que o ex-juiz mantinha com procuradores da Lava Jato.

“Ficou bem claro que teve uma perseguição. Não estou dizendo que o Lula não sabia da corrupção. Evidente que sabia. Mas ficou óbvio que houve uma exacerbação dos casos contra o Lula para tirá-lo da eleição”, declarou. “Se refizesse O Mecanismo, não é que o PT seria melhor, é que seria tudo ruim. O PT, o Ministério Público, o Sergio Moro. Estava tudo errado ali”.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Relacionadas

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.

Quero apoiar