O pessoal cobra muito dos políticos, mas não de si mesmos, lamenta Bolsonaro

O presidente também tratou de sua polêmica passagem por um stand de tiro em Brasília, após mais um passeio de motocicleta

Foto: Reprodução

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Em nova conversa com os apoiadores no cercadinho em frente ao Palácio do Alvorada, o presidente Jair Bolsonaro (PL) lamentou as cobranças que, como político, tem recebido. A declaração foi dada nesta segunda-feira 7, ao tratar das críticas que recebeu por se posicionar contra a cobrança realizada em alguns postos de gasolina para que caminhoneiros possam pernoitar em seus pátios.

“Eu só opero o Facebook, basicamente, você vai nos comentários e tem cada comentário absurdo”, iniciou o lamento. “O pessoal cobra muito dos políticos, mas não se cobra de si mesmo. Quando ele pode, ele mete a mão no irmão dele do lado”, acrescentou em seguida, após citar a repercussão negativa da publicação em seu perfil.

No domingo, ele publicou um vídeo em seus perfis em que diz que acionou o Ministério da Justiça para buscar uma solução para o tema. A promessa de intervenção, segundo o próprio Bolsonaro, foi alvo de críticas por parte do seu eleitorado.

“Caminhoneiro é obrigado a pagar, ou abastecer, para pernoitar em alguns postos. Falei com o Ministro da Justiça na busca de solução”, escreveu na legenda da publicação.

Também voltando a repercutir outro polêmico episódio deste domingo, Bolsonaro tratou de sua passagem por um stand de tiro em Brasília após mais um passeio de motocicleta.

“Ontem andando de moto, por coincidência na rua tinha um clube de tiro, entrei e atirei com o pessoal. Tinham três alvos vermelhos, por coincidência, eu botei no vermelho certinho”, relatou aos apoiadores.


No dia anterior, ao mostrar os tiros no alvo vermelho, Bolsonaro disse ter ‘muita vontade de acabar com o comunismo’. Depois reiterou que isso seria feito ‘no voto’ e não ‘no tiro’.

Aos apoiadores, chamou Lula de ‘picaretão contra o armamento’ da população.

“São 600 mil CACs no Brasil e o picaretão tá dizendo que se for presidente vai recolher as armas”, reagiu após relatar o episódio dos tiros.

Ainda sobre críticas que tem recebido, Bolsonaro voltou a atacar a imprensa ao citar o perdão de parte das dívidas do financiamento estudantil que, segundo disse, pretende formalizar nos próximos dias.

“O Fies é um bom programa feito com responsabilidade. O que a esquerdalha fez? Criou um trilhão de universidades no Brasil, virou negócio. Quem sabe e acompanha um pouquinho vê o que aconteceu. A imprensa pega isso aqui e vai falar que eu tô contra o Fies. A esquerda…esquerda não, a imprensa canalha”, disse visivelmente irritado.

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