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OAB reconhece negra escravizada como a primeira advogada do Brasil

Esperança Garcia receberá uma estátua em sua homenagem na sede da Ordem, em Brasília

Estátua de Esperança (à esqu.) e a carta (à dir.) - Wikimedia Commons/Moacir Ximenes
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O Conselho Pleno da Ordem dos Advogados do Brasil reconheceu Esperança Garcia, uma mulher negra escravizada no século XVIII, como a primeira advogada do País. 

Ela foi a responsável por um documento encaminhado ao governador da Capitania do Piauí em que denunciava as violências sofridas por crianças e mulheres e cobrava providências do Poder Público. 

Esperança foi reconhecida como a primeira advogada do Brasil na última sexta-feira e terá um busto em sua homenagem, a ser instalado na sede do Conselho Federal da OAB, em Brasília. 

“Mulher negra e escravizada peticionou ao governador da capitania do Piauí, com o pouco conhecimento que tinha das letras da lei, para denunciar as violências pelas quais ela, suas companheiras e seus filhos passavam. A decisão é absolutamente oportuna, especialmente pela simbologia do mês de novembro, em que se comemora no dia 20 o Dia da Consciência Negra”, disse Beto Simonetti, presidente do órgão. 

Em 2017, a seccional da OAB do Piauí já havia reconhecido Esperança como a primeira advogada do estado. 

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