Gaza conta com apenas 24 horas de água, eletricidade e combustível e, se não receber ajuda humanitária, os médicos poderão apenas preparar as certidões de óbito, disse nesta segunda-feira 16 Ahmed Al Mandhari, chefe regional da Organização Mundial da Saúde.
Desde a semana passada, Israel aperta o bloqueio contra o enclave palestino e executa um “cerco total”, após os ataques deflagrados pelo Hamas em território israelense em 7 de outubro.
Segundo Mandhari, Gaza e seus 2,4 milhões de habitantes enfrentam nesta segunda, décimo dia de bombardeios israelenses, uma “verdadeira catástrofe”. Segundo ele, todo o sistema está sobrecarregado, diante de um cenário com cerca de 2,75 mil mortos e 10 mil feridos entre os palestinos.
Ele reforçou que os corpos sequer podem ser recolhidos do modo adequado de ruas e hospitais, uma vez que os serviços estão “completamente saturados”, incluindo cuidados intensivos e centros de emergência.
“A OMS registrou que 111 infraestruturas médicas foram atacadas, 12 profissionais de saúde morreram e 60 ambulâncias foram alvejadas”, explicou. “Os médicos se veem obrigados a priorizar os pacientes que chegam. Há muita gente. Desta forma, alguns são deixados para morrer lentamente.”
(Com informações da AFP)
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