CartaExpressa

Orçamento secreto é uma manobra que beneficia quem apoia o governo, diz Mourão

‘Onde está impessoalidade disso aí? Onde está a publicidade?’, questionou o vice-presidente

Hamilton Mourão e Jair Bolsonaro. Foto: Sergio Lima/AFP
Apoie Siga-nos no

O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) disse nesta quarta-feira 17 que as emendas de relator, que formam o chamado orçamento secreto, são uma “manobra” que beneficia “aqueles que apoiam o governo” de Jair Bolsonaro.

“O Orçamento foi sequestrado. Na minha visão, o dever do Congresso é: o governo apresenta a peça orçamentária, o Congresso define as prioridades e, a partir dali, a execução orçamentária é responsabilidade do Executivo. E isso fugiu com essa questão do chamado orçamento secreto”, disse Mourão em entrevista ao UOL.

Segundo ele, essas emendas “fogem dos princípios da administração pública”.

“Onde está impessoalidade disso aí? Onde está a publicidade? Você não está sabendo para onde está indo esse recurso. E, principalmente, a eficiência do gasto”, prosseguiu. “O gasto público tem de ser eficiente, atender a um projeto, a uma necessidade”.

Mourão ainda afirmou que Bolsonaro tem conhecimento de sua opinião sobre o orçamento secreto. Questionado sobre semelhanças com o “mensalão”, o general disse que, agora, a situação é “totalmente diferente”.

“O mensalão era dinheiro na mão. Isso aí é o uso do Orçamento, de manobras orçamentárias, em benefício daqueles que apoiam o governo.”

ENTENDA MAIS SOBRE: , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Relacionadas

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.

Quero apoiar