Os ‘recados’ de Haddad sobre a taxa de juros em evento com Campos Neto

A taxa básica de juros, a Selic, mantida pelo Comitê de Política Monetária em 13,75%, está no centro das críticas do governo Lula

Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados

Apoie Siga-nos no

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta sexta-feira 19 que as políticas fiscal e monetária “têm de concorrer para o mesmo objetivo”. A declaração foi concedida durante o High-Level Seminar on Central Banking: Past and Present Challenges, evento promovido pelo Banco Central em São Paulo.

Participam do encontro, entre outros, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, e a presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde.

Em seu discurso na abertura do seminário, Haddad afirmou não ser possível que as políticas fiscal e monetária sejam “reativas” uma à outra e que ambas devem “trabalhar ativamente em proveito de uma regulação adequada”.

“Sempre que ouço uma autoridade monetária [dizer] que quando você está combatendo uma infecção tem de tomar toda a cartela do antibiótico, lembro que também há a observação de que você não pode tomar duas cartelas“, afirmou o ministro. “Tem de tomar a medida certa para que a economia consiga, a um só tempo, se reajustar do ponto de vista macroeconômico e garantir as condições de crescimento sustentável.”

A taxa básica de juros, a Selic, mantida pelo Comitê de Política Monetária do BC em 13,75% ao ano, está no centro das críticas do governo Lula a Campos Neto. A gestão federal vê o índice como um dos principais obstáculos para o crescimento da economia brasileira em 2023.

Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.

Já é assinante? Faça login
ASSINE CARTACAPITAL Seja assinante! Aproveite conteúdos exclusivos e tenha acesso total ao site.
Os comentários não representam a opinião da revista. A responsabilidade é do autor da mensagem.

0 comentário

Relacionadas

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.