Pacheco critica ataques ao STF após decisão sobre a maconha: ‘Vão trabalhar’

O presidente do Senado repetiu, no entanto, ser contrário à determinação da Corte de descriminalizar o porte para uso pessoal

Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Foto: Jonas Pereira/Agência Senado

Apoie Siga-nos no

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), reforçou nesta quinta-feira 27 discordar da decisão do Supremo Tribunal Federal de descriminalizar o porte de maconha para uso pessoal, mas repudiou os ataques à Corte nas redes sociais.

Pacheco é o autor de uma PEC que criminaliza a posse e o porte de qualquer quantidade de droga. O Senado já aprovou a proposta e resta apenas o aval do plenário da Câmara.

“Houve uma decisão do STF. Tenho dito que é muito importante que, por mais discordância que tenhamos de decisões judiciais, haja respeito, que a gente respeite decisão judicial”, disse o senador. “Se discorda dela, você recorre, muda a legislação. Mas você jamais agride aqueles que proferem as decisões.”

Pacheco defendeu a necessidade de “disciplinar uma lei que seja para todas as substâncias e entorpecentes, que é o que o Congresso fez e continua a fazer”. Reforçou, no entanto, ser contrário à onda de mensagens ofensivas contra o STF e seus ministros.

“Recomendo muito que essas pessoas que ficam na rede social o tempo inteiro agredindo umas às outras deem lugar ao respeito e, sobretudo, ao trabalho. Inclusive políticos que ficam o tempo inteiro em rede social: vão trabalhar. Vão discutir desoneração, dívida dos estados, reforma tributária, política habitacional, política ambiental. E pare de agredir aos outros. Agressão ao STF não calha. Cabe crítica.”

Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.

Já é assinante? Faça login
ASSINE CARTACAPITAL Seja assinante! Aproveite conteúdos exclusivos e tenha acesso total ao site.
Os comentários não representam a opinião da revista. A responsabilidade é do autor da mensagem.

0 comentário

Relacionadas

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.