Pacheco: Declaração de Bolsonaro sobre não ter eleição foi infeliz

Presidente do Senado afirma que serão considerados 'inimigos da nação' todos os que defenderem retrocessos

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

Apoie Siga-nos no

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), afirmou que a declaração do presidente da República sobre a possibilidade de não haver eleições foi “infeliz” e sujeita a uma “retificação”.

Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, Pacheco disse ainda que serão considerados “inimigos da nação” todos os que defenderem retrocessos, “frustrando eleições, defendendo intervenção militar ou rememorando Atos Institucionais”.

“É evidente que o presidente, ao falar da perspectiva de frustração de eleições, foi infeliz. Quero crer que ele próprio reconheça que sua intenção não deve ter sido dizer que não terá eleições em 2022 [e sim] mais um exercício de argumentação para defender sua tese do voto impresso”, pontuou o parlamentar.

“Eu considero uma declaração infeliz, sujeita a um esclarecimento e a uma retificação. E gostaria muito de acreditar que, quando se diz algo assim, é no sentido conotativo de que, sem eleições limpas, isso afetaria a legitimidade das eleições de um modo geral”, acrescentou.

 


Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.

Já é assinante? Faça login
ASSINE CARTACAPITAL Seja assinante! Aproveite conteúdos exclusivos e tenha acesso total ao site.
Os comentários não representam a opinião da revista. A responsabilidade é do autor da mensagem.

0 comentário

Relacionadas

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

 

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.