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Pacheco discutirá com líderes partidários a criação de CPI sobre o 8 de Janeiro

O STF mandou o presidente do Senado se manifestar em até 10 dias a respeito da instalação da comissão

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. Foto: Sergio Lima/AFP
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O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou nesta terça-feira 28 que uma reunião dos líderes partidários nesta tarde discutirá a viabilidade de instalar uma CPI sobre os atos golpistas de 8 de janeiro.

Na segunda 27, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, mandou Pacheco se manifestar em até 10 dias a respeito da abertura da comissão. A determinação ocorreu no âmbito de um mandado de segurança impetrado pela senadora Soraya Thronicke (União-MS), autora do requerimento que pede a instalação da CPI.

“A Comissão Parlamentar de Inquérito foi requerida na legislatura passada com as assinaturas suficientes e com fato determinado. Agora nós precisamos consultar aqueles senadores que assinaram a CPI sobre a manutenção e a ratificação dessas assinaturas, pois houve uma mudança de legislatura”, afirmou Pacheco.

Ele disse, ainda, não haver “nenhum tipo de demora” por parte do comando do Senado e alegou não ter até hoje “sequer oportunidade de uma sessão para leitura”.

Soraya, por sua vez, argumenta que Pacheco foi omisso “ao postergar de forma injustificada de seu do dever de processamento e consequente instalação” do colegiado. Na ação, ela ainda cita a CPI da Covid, aberta após determinação do ministro Luis Roberto Barroso.

O governo Lula (PT) não deseja a instalação de uma CPI. Em 8 de fevereiro, exatamente um mês após o terrorismo bolsonarista, o ministro da Justiça e da Segurança Pública, Flávio Dino, reforçou ser contra a abertura da comissão. Para ele, não há necessidade de parlamentares promoverem a apuração, porque já existe uma investigação em andamento por parte das autoridades competentes.

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