CartaExpressa

Para cumprir o teto de gastos, governo indica bloqueio de R$ 1,7 bilhão

O governo cortou em 8,5 bilhões de reais a estimativa de receitas primárias neste ano

A ministra do Planejamento, Simone Tebet, e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Foto: Sergio Lima/AFP
Apoie Siga-nos no

O Ministério do Planejamento aumentou de 107,6 bilhões para 136,2 bilhões de reais  em 2023 a projeção para o déficit primário – o saldo entre despesas e arrecadação tributária do governo, sem contar os juros da dívida pública. Diante da atualização, a pasta indicou a necessidade de bloquear 1,7 bilhão de reais no Orçamento deste ano.

O governo cortou em 8,5 bilhões de reais a estimativa de receitas primárias neste ano, de 2,375 trilhões para 2,367 trilhões.

O bloqueio de 1,7 bilhão de reais em gastos não obrigatórios seria a forma de o governo não descumprir o teto de gastos, imposto ao País sob o governo de Michel Temer. A gestão Lula espera aprovar nas próximas semanas na Câmara e no Senado uma nova regra fiscal.

“Aumento na projeção de despesas obrigatórias indica a necessidade de bloqueio em despesas discricionárias, em igual valor”, informou a equipe econômica em comunicado.

Os detalhes sobre os ministérios a serem atingidos pelo bloqueio serão divulgados até o final de maio.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Relacionadas

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.

Quero apoiar