Partidos vão ao Conselho de Ética pela cassação de Zambelli após denúncias de Delgatti

O hacker afirmou à PF ter recebido cerca de 40 mil reais da deputada para invadir sistemas do Poder Judiciário

A deputada federal Carla Zambelli. Foto: Lula Marques/EBC

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O PSOL e o PSB protocolaram representações no Conselho de Ética da Câmara pedindo ao colegiado que avalie uma suposta quebra de decoro parlamentar pela deputada federal Carla Zambelli (PL-SP). A sanção prevista é a perda do mandato.

As legendas se baseiam nas acusações apresentadas pelo hacker Walter Delgatti à Polícia Federal e à CPMI do 8 de Janeiro. Ele já afirmou a investigadores ter recebido cerca de 40 mil reais de Zambelli para invadir sistemas do Poder Judiciário.

O PSOL aponta, por isso, que a parlamentar pode estar envolvida em uso de recursos públicos para atividades ilegais. Segundo a legenda, Zambelli “usou de sua posição de deputada federal para atuar de forma ímproba, usando cotas parlamentares de forma irregular e ilegal”.

Em peça assinada por seu presidente, Carlos Siqueira, e apresentada antes do depoimento de Delgatti à CPMI, o PSB destaca que a deputada “possui comportamento recorrente que escapa o campo democrático” e sustenta ser “inadmissível que uma parlamentar atente contra os preceitos elementares que fundamentam a própria existência de um Poder da República no Estado Democrático de Direito”.

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