CartaExpressa
Pastor suspeito de financiar atos do 8 de Janeiro é solto pelo STF
O pastor está, contudo, proibido de acessar as redes sociais e de sair do País
![](https://www.cartacapital.com.br/wp-content/uploads/2023/12/Imagem-do-WhatsApp-de-2023-12-08-às-15.29.03_fa8322f1.jpg)
Preso em agosto sob suspeita de financiar os atos golpistas de 8 de Janeiro, o pastor Dirlei Paiz foi solto na madrugada desta sexta-feira 8 por ordem do Supremo Tribunal Federal. Ele responderá ao processo em liberdade, informou o advogado dele, Jairo Santos.
O bolsonarista participou de um acampamento em frente a um quartel do Exército e gravou vídeos em que fala sobre a logística dos ônibus que saíram de Blumenau para Brasília para os atos golpistas.
Paiz foi preso durante a 14ª fase da Operação Lesa Pátria, em 17 de agosto. A ação da Polícia Federal buscava colher provas mirando supostos incitadores da “Festa da Selma”, expressão usada como um código para o ataque às sedes dos Três Poderes, em Brasília.
No dia dos atos golpistas, ele publicou um vídeo enaltecendo as ações dos vândalos. “Vai ficar para a história o dia que o povo brasileiro invadiu Brasília e deu um recado para esse povo ‘esquerdalha’ entender que não é tudo que eles podem fazer”, disse na ocasião.
Com a soltura, o pastor está proibido de acessar as redes sociais e de sair do País, além de ser monitorado por tornozeleira eletrônica. No despacho que autorizou o relaxamento da prisão, o ministro Alexandre de Moraes também determinou a apreensão dos passaportes e de eventuais armas que ele possua.
Relacionadas
CartaExpressa
Moraes dá duas horas para redes sociais excluírem novos perfis de Monark
Por CartaCapitalCartaExpressa
Lewandowski: Decisão do STF sobre a maconha aliviará a superlotação das prisões
Por CartaCapitalCartaExpressa
‘Censor-geral da República’: a brincadeira de Toffoli com Moraes em julgamento no STF
Por CartaCapitalCartaExpressa
Liberar porte de 25g de maconha tiraria 42 mil pessoas da prisão, aponta Ipea
Por André LucenaApoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.