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PEC que permite trabalho aos 14 anos representa ‘retrocesso’, diz associação de procuradores

Projeto sobre o tema está na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados

Deputado Gilson Marques (Novo-SC) é o relator do texto. Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados
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A Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho (ANPT) divulgou, nesta quarta-feira 19, uma nota técnica em resposta à uma proposta de emenda à Constituição que permite a contratação de jovens de 14 anos para trabalho em regime de tempo parcial.

Para a ANPT, a aprovação da PEC representaria retrocesso na proteção da infância e adolescência, além de ser inconstitucional.

“A inserção precoce de crianças e adolescentes no trabalho não é a solução para as famílias em situação de vulnerabilidade socioeconômica, tratando-se, em realidade, de uma grave violação de direitos que mantém e incrementa a exclusão social e a pobreza”, destaca o texto.

Atualmente, a Constituição proíbe qualquer trabalho a menores de 16 anos, salvo na condição de aprendiz, a partir dos 14.

A PEC está na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados. Ela chegou a ser pautada nesta quarta, mas não entrou em análise.

O relator, o deputado Gilson Marques (Novo-SC), já publicou seu voto, favorável à aprovação da PEC, e disse lamentar a “luta ideológica que trata o trabalho como maldição”.

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