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PF investiga invasão a sistema do CNJ após surgir mandado de prisão falso contra Moraes

No documento fraudulento, o ministro do STF teria pedido a sua própria detenção; o Conselho Nacional de Justiça informou que o caso é investigado

O ministro Alexandre de Moraes, do STF e do TSE. AFP PHOTO/TSE/SECOM/ANTONIO AUGUSTO
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A Polícia Federal investiga uma suposta invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça depois que um mandado de prisão ao ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, expedido por ele mesmo, surgiu no Banco Nacional de Monitoramento de Prisões. Na quarta-feira 4, à noite, o sistema já estava fora do ar.

“Expeça-se o mandado de prisão em desfavor de mim mesmo, Alexandre de Moraes. Publique-se, intime-se e faz o L”, diz o documento falso, que ainda sugere que Moraes seja apoiador do PT.

O mandato fraudulento ainda traz outras inconsistências como o trecho em que consta a redação: “sem me explicar, porque sou como um deus do olimpo, defiro a petição inicial, tanto em razão da minha vontade como pela vontade extraordinária de ver o Lula continuar na presidência”.

Também é prevista que Moraes pague uma multa de 22,9 milhões de reais, o mesmo valor que o ministro impôs ao PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, ao rejeitar uma ação da legenda contestando o resultado das eleições.

Em nota, o CNJ disse que identificou uma “inconsistência fora do padrão” feita por um usuário regularmente cadastrado no sistema e que o caso já está sendo investigado pelas autoridades responsáveis.

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