PGR diz que Monark descumpre decisão judicial, mas pede mais investigação à PF

Apenas depois de novas diligências o órgão apresentaria uma denúncia contra o influenciador

Monark criou novos perfis para reproduzir conteúdo com desinformação já vedado pelo STF . Foto: Flow Podcast/Reprodução

Apoie Siga-nos no

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, afirmou ao Supremo Tribunal Federal que o influenciador Bruno Aiub, conhecido como Monark, continua a desobedecer decisão judicial, mas defendeu que a Polícia Federal aprofunde as investigações sobre o caso.

Em manifestação encaminhada na quinta-feira 25, o chefe do Ministério Público Federal disse haver indícios de “materialidade e autoria delitivas, que, no entanto, ainda demandam esclarecimento”.

A Polícia Federal sustentou, em relatório enviado ao STF em janeiro, que Monark de fato cometeu o crime de desobediência judicial, por meio da criação de perfis nas redes sociais a fim de “produzir conteúdo que já foi objeto de bloqueio, veiculando novos ataques”.

Gonet, porém, afirmou haver a necessidade de medidas complementares. Após essa nova etapa, segundo o PGR, é que o órgão poderia eventualmente apresentar uma denúncia.

Ao solicitar a devolução dos autos à PF, ele defendeu a coleta e o armazenamento de “vestígios digitais, com a adoção do conjunto de todos os procedimentos necessários para garantir a sua higidez e rastreabilidade (cadeia de custódia da prova digital)”.

Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.

Já é assinante? Faça login
ASSINE CARTACAPITAL Seja assinante! Aproveite conteúdos exclusivos e tenha acesso total ao site.
Os comentários não representam a opinião da revista. A responsabilidade é do autor da mensagem.

0 comentário

Relacionadas

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

 

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.