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‘Pintou um clima nunca mais’, diz Janja na retomada do Conselho dos Direitos da Criança e do Adolescente
Declaração da primeira-dama faz referência a uma entrevista de Bolsonaro dada na véspera das eleições, quando ele insinuou ter ‘pintado um clima’ entre ele meninas menores de idade
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A primeira-dama Janja Lula da Silva alfinetou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante sua participação na reunião de retomada do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda), em Brasília, nesta quarta-feira 18.
Durante seu discurso de abertura como convidada do evento, Janja relembrou a frase dita por Bolsonaro em uma entrevista antes das eleições, quando o ex-capitão contou que, em uma agenda, teria ‘pintado um clima’ entre ele e meninas menores de idade venezuelanas.
“Vocês viram durante a campanha toda a discussão que foi feita sobre o ‘pintou um clima’, então é por isso que a gente está aqui. É para refazer esse caminho [de proteção] e construir novos caminhos pela frente”, disse Janja. “Contem comigo. E pintou um clima nunca mais”, repetiu ao final.
No decorrer das declarações, ela também citou estar preocupada com a violência nas escolas e com o alto volume de crianças e adolescentes em situação de rua. Disse, ainda, que prepara ações em conjunto com outros ministérios para que se encontrem soluções rápidas para os problemas listados.
“A proteção da criança e do adolescente faz parte da minha vida profissional então é um tema com o qual tenho muita proximidade. O Conanda volta a ter uma representatividade que nunca deveria ter sido diminuída. A gente sabe toda a destruição que o governo anterior fez, mas estamos aqui, lutamos, sobrevivemos e vencemos, isso é o que importa”, disse, ainda, em referência à gestão Bolsonaro.
Janja citou, também, a necessidade de se atuar politicamente nas eleições dos conselhos tutelares que se aproximam. Segundo defendeu, é preciso retomar postos cooptados pela extrema-direita e fundamentalistas nestes locais. “Essa eleição é importantíssima. Precisamos de conselheiros que realmente representem a proteção das crianças e adolescentes”.
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