Policia Civil do DF confirma abertura de inquérito contra Sergio Reis

Após ameaças, o cantor pode ser enquadrado em três artigos do Código Penal

O cantor Sergio Reis. Foto: Reprodução/TV Globo

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A Polícia Civil do Distrito Federal abriu um inquérito para apurar as ameaças feitas pelo cantor Sergio Reis em um áudio que circulou pelas redes sociais no último fim de semana. Na gravação, ele afirma que caminhoneiros paralisariam o País em setembro caso o Senado não afastasse ministros do Supremo Tribunal Federal.

 

 

“Se em 30 dias não tirarem aqueles caras nós vamos invadir, quebrar tudo e tirar os caras na marra. Pronto. É assim que vai ser. E a coisa tá séria”, declarou, na gravação.

Na última segunda-feira 16, a esposa do artista, Angela Bavini, disse ao jornal Folha de S.Paulo que ele está “muito triste e depressivo, porque foi mal interpretado”. Ela negou que a intenção de Reis fosse a de invadir o STF. “Ele falou no impulso, mas estava conversando com um amigo”.


A Polícia Civil do DF, porém, decidiu iniciar uma investigação, por meio do Departamento de Combate à Corrupção. A previsão é de que Sergio Reis seja intimado a depor nos próximos dias, ainda em agosto. Ele será investigado por suposta associação criminosa voltada à prática dos crimes previstos nos artigos 147 (ameaçar alguém, por palavra, escrita ou gesto), 163 (dano ao patrimônio) e 262 (expor a perigo meio de transporte público, impedir-lhe ou dificultar-lhe o funcionamento) do Código Penal.

Leia a nota enviada a CartaCapital pela corporação nesta terça-feira 17:

A Polícia Civil do Distrito Federal instaurou inquérito no âmbito do Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (DECOR) para apurar suposta associação voltada para o cometimento de crimes no território do Distrito Federal em manifestações previstas para o mês de setembro.

A investigação teve início após a circulação de vídeos e áudios nas redes sociais e em matérias jornalísticas em que alguns indivíduos, dentre eles o cantor Sérgio Reis, manifestam-se no sentido de cometerem crimes previstos nos artigos 147, 163 e 262 do Código Penal.

Não há data prevista para o depoimento dos envolvidos. Por se tratar de apuração em estágio inicial, o delegado que preside o inquérito policial não se manifestará sobre o caso.

 

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