O prefeito de Barra do Sul (SC), Valdemar Rocha (PP), sugeriu que as enchentes no Rio Grande do Sul ocorrem porque o estado tem menos igrejas do que centros, dando a entender se tratar de religiões de matriz africana.
“O que está acontecendo lá no Rio Grande do Sul? É aquela enchente. Mas aí nós fomos ver uma estatística aí, e é o estado que menos tem igreja. E lá é centro de, de, de… que não agrada aos olhos de Deus. Será que Deus não está chamando eles a uma responsabilidade?”, disse o prefeito em entrevista à Rádio FM Litoral, de Santa Catarina, sem mencionar a fonte da suposta estatística.
A declaração do prefeito foi fortemente criticada nas redes sociais e associada ao crime de intolerância religiosa.
Eleito vice-prefeito de Barra do Sul em 2020, Valdemar Rocha passa a comandar a cidade oficialmente em junho de 2023, após o então prefeito Antônio Rodrigues ter sido preso por fraude em licitações públicas e afastado do cargo pela Câmara de Vereadores local.
Não é a primeira vez que a tragédia no Rio Grande do Sul é associada com a presença de religiões de matriz africana no estado. Este mês, uma influenciadora foi denunciada pelo Ministério Público após afirmar que que os temporais e enchentes que atingem o RS foram motivados pela “ira de Deus”.
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