Presidente do Banco Central reconhece que temor do mercado com vitória de Lula diminuiu

'Provavelmente um governo que representava um risco de medidas mais extremas está se movendo para o centro', disse

Roberto Campos Neto e Paulo Guedes, em evento no Banco Central do Brasil. Foto: Raphael Ribeiro/BCB

Apoie Siga-nos no

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, admitiu na noite de segunda-feira 14 que diminuiu o temor do mercado com a vitória do ex-presidente Lula na eleição deste ano.

Em entrevista à jornalista Miriam Leitão, na GloboNews, o economista foi questionado se haveria turbulência com o petista eleito.

“O que a gente pode comentar é o que a gente captura nos preços de mercado. Nos preços de mercado, o que tem acontecido mais recentemente é uma eliminação de vários preços que mostram o risco da passagem de um governo para outro”, avaliou Campos Neto. “Mais recentemente, a gente vê, quando olha esses preços, que eles atenuaram. Caíram um pouco. Significa que o mercado passou a ser menos receoso da passagem de um governo para o outro. Isso é o que a gente pode interpretar”.

Na conversa, o presidente do BC atribuiu a queda nos preços à aproximação de Lula a setores do centro. “Provavelmente um governo que representava um risco de medidas mais extremas está se movendo para o centro. Essa é a nossa interpretação do que a gente captura nos preços de mercado”.

 


Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.

Já é assinante? Faça login
ASSINE CARTACAPITAL Seja assinante! Aproveite conteúdos exclusivos e tenha acesso total ao site.
Os comentários não representam a opinião da revista. A responsabilidade é do autor da mensagem.

0 comentário

Relacionadas

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

 

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.