O presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), José Hiran da Silva Gallo, afirmou que a “autonomia da mulher” deve ser limitada quando se fala em aborto legal após a 22ª semana.
“A autonomia da mulher esbarra, sem dúvida, no dever constitucional imposto a todos nós, de proteger a vida de qualquer um, mesmo ser humano formado por 22 semanas”, disse.
Gallo participou nesta segunda-feira 17 da sessão do Senado liderada pelo bolsonarista Eduardo Girão (Novo-CE) que discutiu o aborto legal no Brasil. O debate foi marcado por performances e só reuniu defensores do projeto que busca igualar o aborto ao crime de homicídio.
Além disso a sessão também discutiu a resolução do CFM que limita o aborto legal resultante de estupro após 22 semanas de gestação. A medida foi suspensa pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial. CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.
Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.
Já é assinante? Faça login