CartaExpressa

Procurador pede investigação sobre membros do CNMP que receberam R$ 200 mil em um único mês

Pagamentos divulgados pelo portal Metrópoles ‘ofendem claramente a moralidade administrativa’, diz Lucas Rocha Furtado

Foto: Divulgação/CNMP
Apoie Siga-nos no

O Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União solicitou a abertura de uma investigação sobre o pagamento de mais de 200 mil reais em um mês a membros do Conselho Nacional do Ministério Público, o CNMP.

Na peça, o subprocurador Lucas Rocha Furtado menciona uma publicação do portal Metrópoles a informar que os conselheiros do CNMP receberam os valores depositados como “indenizações” ou “verbas referentes a exercícios anteriores”, em dezembro passado.

De acordo com o site, foram agraciados, cada um com 203,5 mil reais, os conselheiros Otávio Luiz Rodrigues Júnior, Oswaldo D’Albuquerque Lima Neto, Rinaldo Reis Lima e Jaime de Cássio Miranda.

A remuneração bruta deles é de 37,3 mil reais.

Quem também recebeu a gratificação é José Augusto de Souza Peres Filho, membro auxiliar do CNMP e chefe de gabinete da secretaria-geral da entidade. O conselheiro Moacyr Rei Filho recebeu 205.943,40 reais.

O CNMP depositou, ainda, 169 mil reais para Ângelo Fabiano Farias da Costa, Antônio Edílio Magalhães Teixeira, Daniel Carnio Costa e Paulo Cezar Passos.

O site diz que não obteve esclarecimentos pelo Conselho.

Conforme a manifestação de Lucas Rocha Furtado, os pagamentos “ofendem claramente o princípio da moralidade administrativa” e, aos olhos da sociedade, “os recursos públicos continuam sendo usados para enriquecer despudoradamente importantes autoridades do Poder Público”.

A solicitação foi encaminhada ao ministro Bruno Dantas, presidente do TCU.

ENTENDA MAIS SOBRE: , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Relacionadas

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.

Quero apoiar