CartaExpressa

Professora esfaqueada em escola de SP diz que adolescente sofria bullying

O aluno de 13 anos havia recebido um apelido que caçoava de sua aparência

Imagem: Reprodução/Google
Apoie Siga-nos no

Rita de Cássia Reis, uma das professoras esfaqueadas em uma escola de São Paulo, afirmou que o adolescente autor dos ataques era um aluno que sofria bullying. O termo em inglês está associado à prática de violência psicológica sistemática contra um indivíduo ou um grupo.

Em entrevista à TV Band nesta segunda-feira 27, a professora de 67 anos relatou que o menino de 13 anos recebeu um apelido que satirizava a sua aparência física. Segundo ela, o bullying é comum na Escola Estadual Thomazia Montoro, no bairro Vila Sônia, onde o atentado ocorreu.

“A gente trabalha bastante isso com as crianças, mas eles alegam: ah, é meu amigo, posso falar. E não sabe que está machucando o outro. Então, o bullying é uma realidade na escola”, declarou.

Segundo ela, o adolescente é um aluno “briguento” e já havia se envolvido em situações de agressão física com outros alunos. O rapaz está no 8º ano do ensino fundamental.

“Ele tinha um apelido recente, chamavam-no de mexicano, porque ele estava com um bigodinho nascendo, e o bigodinho já estava bem expressivo na fisionomia dele. Então, os meninos o chamavam assim. Eu, particularmente, nunca percebi que ele não gostava. Ele nunca falou. Também não sei se foi esse o gatilho dele, mas existia esse fator.”

Rita de Cássia foi vítima de três golpes com faca, dois no braço e um no ombro. Ela era “tutora” do adolescente, ou seja, uma espécie de guia do aluno para ajudá-lo em outras disciplinas. A relação entre os dois era normal, disse ela.

Os ataques provocaram a morte da professora Elisabeth Tenreiro, de 71 anos. Cinco pessoas ficaram feridas.

ENTENDA MAIS SOBRE: ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Relacionadas

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.