Projeto que libera cassinos não deve ser votado neste semestre no Senado

Tema passou na CCJ com uma votação apertada, 14 a 12

Senador Eduardo Braga (MDB-AM). Foto: Saulo Cruz/Agência Senado

Apoie Siga-nos no

Aprovado nesta quarta-feira 19 pela Comissão de Constituição e Justiça, o projeto que autoriza o funcionamento de cassinos e bingos não será votado imediatamente pelo plenário do senado, afirmaram lideranças partidárias.

Em reunião com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), os líderes defenderam que a proposta seja debatida numa sessão especial e votada na Comissão de Assuntos Econômicos.

Ao citar que se trata de um tema polêmico e de uma votação apertada, 14 a 12 pela aprovação na CCJ, o líder do MDB, Eduardo Braga (AM), afirmou que o projeto será discutido com base nos números.

“Quais são os possíveis ganhos com a aprovação do projeto, seja do ponto de vista de crescimento econômico, de geração de emprego, de geração de renda, de geração de tributos, como esses tributos financiaram políticas públicas importantes. E do outro lado quais são os riscos da aprovação desse projeto de lei”, disse.

O texto permite a instalação de cassinos em polos turísticos ou em complexos integrados de lazer, como hotéis de alto padrão, restaurantes, bares e locais para reuniões e eventos culturais.

Os senadores contrários à matéria apontaram que a legalização das casas de jogos não trará vantagem econômica ao País e terá consequências negativas, como o estímulo à prática de crimes, a exemplo de lavagem de dinheiro e sonegação tributária. Eles também mencionaram o risco de


Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.

Já é assinante? Faça login
ASSINE CARTACAPITAL Seja assinante! Aproveite conteúdos exclusivos e tenha acesso total ao site.
Os comentários não representam a opinião da revista. A responsabilidade é do autor da mensagem.

1 comentário

joao medeiros 21 de junho de 2024 14h26
A quem interessa está jogatina atual que é considerada contravenção, a melhor solução é legalizar e pagar seus impostos. Chega de hipocrisia destes detentores da moral e bom costume, que querem assumir o poder a qualquer custo. Indivíduos sem proposta que pregam a negação do estado brasileiro e atentam contra as instituições e a legitimidade dos agentes públicos, eleitos ou indicados, investidos em cargos públicos.

Relacionadas

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.