CartaExpressa
Provável ministra de Lula, Tebet se despede do Senado: ‘Não sei para onde a vida me levará’
A emedebista, 3ª colocada no 1º turno da eleição, teve papel de destaque na campanha do petista contra Jair Bolsonaro
A senadora Simone Tebet (MDB-MS) fez nesta quarta-feira 14 um discurso de despedida de seu mandato. Ela subiu à tribuna da Casa Alta e afirmou não conhecer seu próximo destino, mas prometeu “seguir fazendo política enquanto viver”.
Terceira colocada no primeiro turno da eleição presidencial, Tebet teve papel de destaque na campanha de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno. Por isso, a emedebista é tida como nome certo na lista de ministros do novo governo.
Como mostrou CartaCapital, despontou no entorno de Lula uma solução para Simone que, de quebra, ajudaria a resolver um pepino para o petista a envolver outras duas políticas: as ex-ministras do Meio Ambiente Marina Silva e Izabella Teixeira. A solução seria nomear Simone Tebet para o Meio Ambiente, cargo que será vistoso na gestão Lula, em razão da política externa.
A emedebista tinha o desejo de estar à frente de algo na área social, mas Lula não quer abrir mão de ter controle absoluto do ministério que cuidará do novo Bolsa Família.
“Despeço-me hoje do Senado Federal, mas não da vida pública. Não sei aonde a vida vai me levar, mas farei política enquanto viver, como cidadã, professora ou advogada. Continuarei a lutar pela cidadania e pelo fim desta situação, em que somos um país com tanta desigualdade social”, afirmou Tebet em seu pronunciamento nesta quarta.
Relacionadas
CartaExpressa
CCJ do Senado pode votar autonomia financeira do Banco Central nesta quarta-feira
Por CartaCapitalCartaExpressa
Milei deve viajar ao Brasil e se encontrar com Bolsonaro
Por CartaCapitalCartaExpressa
Lula volta a criticar Campos Neto: ‘Não se pode ter um BC desalinhado com o desejo da nação’
Por CartaCapitalCartaExpressa
Governo deve fracionar reforma administrativa, diz Esther Dweck
Por CartaCapitalApoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.