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‘Qual o próximo passo, me executar na prisão?’: Bolsonaro nega golpismo e fala, novamente, em perseguição

O ex-presidente deu as declarações na manhã desta quarta-feira 21, em entrevista à Rádio CBN Recife

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Foto: Evaristo Sá/AFP
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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a negar que os atos do 8 de janeiro tenham tido intenção golpista e se disse alvo de uma perseguição política, desde que se tornou inelegível pelo Tribunal Superior Eleitoral, por abuso de poder político.

“Houve a eleição, o TSE anunciou o resultado da mesma, me torna inelegível sem crime, depois se fala em prender…qual o próximo passo, me executar na prisão? Eu devo fazer o que, fugir do Brasil, pedir asilo?“, disse o ex-presidente, na manhã desta quarta-feira 21, em entrevista à Rádio CBN Recife.

Questionado se teme a prisão, Bolsonaro disse que ‘hoje em dia qualquer um pode ser preso sem motivo’, minimizando as acusações que recaem sobre ex-integrantes de seu governo e que cumprem prisão no âmbito de investigações da Polícia Federal.

“O que a gente vê, um quadro atual, pelo que parece querem cassar o registro do PL, essa é a intenção. Já me tiraram, por enquanto eu estou fora”, disse Bolsonaro ao anunciar a sua pretensão de concorrer ao cargo de vereador nas eleições municipais do Rio de Janeiro.

“Eu queria ser candidato a vereador no Rio de Janeiro para ajudar o Ramagem. Não há demérito nenhum, eu comecei a minha vida como vereador”, disse.

O deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), pré-candidato à prefeitura do Rio de Janeiro, foi alvo de uma operação da Polícia Federal em janeiro que mira uma suposta organização criminosa instalada na Agência Brasileira de Inteligência, órgão chefiado pelo bolsonarista entre julho de 2019 e abril de 2022.

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