Renan: Cancelar contrato da Covaxin é tentativa de ocultar cadáver

O relator da CPI da Covid reforçou a posição de que o crime estaria consumado ainda que o pagamento não tenha sido feito

Senador Renan Calheiros (MDB-AL). Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

Apoie Siga-nos no

Logo após o anúncio do cancelamento do contrato de compra da vacina indiana Covaxin, o senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator da CPI da Covid, usou as redes para reforçar seu entendimento de que a corrupção no governo Bolsonaro estaria consumada ainda que o pagamento não tenha sido feito.

“O governo fez como aquele assassino que incinera o corpo. O crime não desaparece. O cancelamento do contrato da Covaxin é tentativa de ocultação de cadáver”, escreveu o relator.

A análise é semelhante à do vice-presidente da comissão, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP). No sábado 26, o parlamentar também disse considerar que o caso pode se enquadrar no crime de corrupção passiva.


Segundo explicou, apenas a promessa de se obter vantagens no contrato já é considerada crime pelo Código Penal, ainda que essa vantagem não tenha se consumado na prática.

 

Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.

Já é assinante? Faça login
ASSINE CARTACAPITAL Seja assinante! Aproveite conteúdos exclusivos e tenha acesso total ao site.
Os comentários não representam a opinião da revista. A responsabilidade é do autor da mensagem.

0 comentário

Relacionadas

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

 

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.