CartaExpressa
Renan diz que depoimento de Witzel marcou reencontro da CPI com a milícia
Comissão votará nesta sexta o requerimento que marca uma nova oitiva do ex-governador
O relator da CPI da Covid, o senador Renan Calheiros, afirmou que o depoimento prestado nesta quarta-feira 16 por Wilson Witzel, ex-governador do Rio de Janeiro, marcou “um reencontro da comissão com a milícia”.
“Haja vista a presença do senador Flávio Bolsonaro na comissão, agredindo, falando mal da comissão e, desta vez, acompanhado por deputados federais que faziam o mesmo. Estavam lá, enquanto fazíamos as perguntas, fazendo postagens contra a CPI”, disse Renan em entrevista coletiva nesta tarde.
O filho ‘Zero Um’ do presidente Jair Bolsonaro, que não é membro da CPI da Covid, compareceu à sessão acompanhado por deputados federais da tropa de choque bolsonarista como Hélio Lopes (PSL-RS), Luiz Lima (PSL-RJ) e Otoni de Paula (PSC-RJ). O embate entre Flávio e Witzel foi um dos momentos mais tensos da sessão.
Após decidir deixar o depoimento na metade, amparado por um habeas corpus concedido pelo Supremo Tribunal Federal, Witzel solicitou uma nova oitiva, desta vez “sob segredo de justiça”. O pedido de marcação de um novo depoimento já foi protocolado pelo vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), e será votado nesta sexta-feira 18, de acordo com o presidente do colegiado, Omar Aziz (PSD-AM).
Relacionadas
CartaExpressa
TJ-SP condena estudante da USP por desviar R$ 1 milhão de formatura
Por CartaCapitalCartaExpressa
Moraes mantém prisão preventiva de ‘Fátima de Tubarão’ pelo 8 de Janeiro
Por CartaCapitalCartaExpressa
STF derruba lei municipal em SC que proibia escolas de debaterem questões de gênero
Por CartaCapitalApoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.