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Repúdio à equiparação de aborto a homicídio é maior entre católicos que entre evangélicos

Pesquisa Atlas mediu a reação popular à interrupção da gravidez em casos de estupro e risco à vida da gestante

Manifestação contra PL que equipara aborto a homicídio. Foto: Mauro Pimentel/AFP
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Uma pesquisa AtlasIntel/CNN divulgada no sábado 22 aponta que a rejeição de católicos à possível equiparação do aborto após a 22ª semana de gestação ao crime de homicídio é maior entre católicos que entre evangélicos. O tema é objeto de um projeto de lei em tramitação na Câmara dos Deputados.

O instituto ouviu 2.690 brasileiros entre 17 e 19 de junho de 2024, por meio da metodologia ARD, em que os entrevistados são recrutados de forma orgânica durante a navegação na internet. A margem de erro é de dois pontos percentuais, com um nível de confiança de 95%.

Confira os resultados:

Católicos:

  • Não deveria quando se tratar de vítima de estupro ou de risco de vida: 43,5%
  • Não deveria em nenhuma circunstância: 32,5%
  • Sim, deveria em todas as circunstâncias: 24%

Evangélicos:

  • Não deveria quando se tratar de vítima de estupro ou de risco de vida: 29,4%
  • Não deveria em nenhuma circunstância: 12,8%
  • Sim, deveria em todas as circunstâncias: 57,7%

No geral, segundo a pesquisa, 70,8% dos brasileiros entendem que uma mulher que passou por aborto após a 22ª semana em caso de estupro não deve responder por homicídio. Confira os detalhes.

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