Rosa Weber barra compartilhamento de inquéritos do STF com CPMI do 8 de Janeiro

Comissão havia solicitado informações de oito procedimentos, sete relacionados diretamente ao 8 de Janeiro e um anterior, de 2019

A presidente do Supremo Tribunal Federal, Rosa Weber. Foto: Reprodução

Apoie Siga-nos no

A presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Rosa Weber, negou o pedido feito pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito para o compartilhamento de inquéritos em trâmite na Corte que investigam os ataques do 8 de Janeiro.

O requerimento pedia acesso a provas não sigilosas de oito procedimentos, sete relacionados diretamente ao 8 de Janeiro e um anterior, de 2019, que apura a divulgação de fake news no País. Na justificativa, a presidente da Corte informou que há ‘diligências em curso’, o que inviabilizaria o compartilhamento.

Em reunião realizada entre o presidente da comissão, Arthur Maia (União), e o ministro relator dos inquéritos solicitados, Alexandre de Moraes, já se havia a informação de que o compartilhamento de provas só seria possível após terminadas as diligências, o que deve acontecer em meados de julho. 

Entre os inquéritos barrados por Weber há também a apuração de quem seriam os financiadores dos atos de 8 de Janeiro. Outra investigação apura a atuação do governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), e de Anderson Torres, que era secretário de Segurança Pública da capital federal no dia dos ataques.

Todos os pedidos negados porque as diligências estão em andamento foram feitos pelo deputado Rogério Correia (PT-MG). Os requerimentos foram aprovados na segunda reunião da comissão, no dia 13 de junho.

Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.

Já é assinante? Faça login
ASSINE CARTACAPITAL Seja assinante! Aproveite conteúdos exclusivos e tenha acesso total ao site.
Os comentários não representam a opinião da revista. A responsabilidade é do autor da mensagem.

0 comentário

Relacionadas

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

 

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.