CartaExpressa
Santos Cruz: Bolsonaro alimenta fanatismo que terminará em violência
General argumenta que ‘a mentalidade anarquista do presidente age para destruir e desmoralizar as instituições’
![](https://www.cartacapital.com.br/wp-content/uploads/2020/12/santoscruz-bolsonaro-1.jpg)
O general da reserva Carlos Alberto dos Santos Cruz, ex-ministro da Secretaria de Governo de Jair Bolsonaro, escreveu em artigo para o jornal O Estado de S. Paulo que o presidente “alimenta fanatismo que terminará em violência”.
No texto, publicado no domingo 13, Santos Cruz argumenta que “a mentalidade anarquista do presidente age para destruir e desmoralizar as instituições, e banalizar o desrespeito pessoal, funcional e institucional”.
Em sua avaliação, com Bolsonaro, o Brasil passa por mais uma tentativa de erosão de uma das instituições de maior prestígio do Brasil: o Exército Brasileiro.
“Isso é deliberado. É projeto de poder. Não acontece só por despreparo, irresponsabilidade e inconsequência. Isso é processo planejado, que vem sendo adotado e tentado de forma sistemática. É também um processo covarde, pois as consequências são sempre creditadas a outras pessoas e instituições. Ocorre que a responsabilidade pessoal e funcional está muito bem definida e o responsável maior deve arcar com as consequências”, escreveu.
“A democracia depende do aperfeiçoamento institucional constante. O Exército Brasileiro, assim como as outras instituições que compõem a Nação, não pode continuar a ser covardemente prejudicado por causa de um projeto de poder pessoal e populista”, acrescentou.
Relacionadas
CartaExpressa
Argentina avisa Itamaraty sobre viagem de Milei a SC; não haverá encontro com Lula
Por CartaCapitalCartaExpressa
Raí relembra Bolsonaro em discurso contra a ultradireita na França: ‘Vivemos um pesadelo’
Por CartaCapitalCartaExpressa
Chefe de gabinete pagava despesas pessoais de Carlos Bolsonaro, diz site
Por CartaCapitalCartaExpressa
‘Quero um país que a gente não tire direito de ninguém’, diz Lula
Por CartaCapitalApoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.