O SBT foi condenado a pagar R$ 40 mil em indenização a uma ex-coreógrafa da emissora que alega ter se sentido ofendida por uma declaração machista de Silvio Santos.
Durante um programa ao vivo, o apresentador comparou uma nova dançarina à ex-funcionária, com a seguinte declaração: “Essa coreógrafa é muito melhor que a outra que foi embora”. A antiga coreógrafa alegou constrangimento e pediu reparação por dano moral. Segundo a mulher, o caso foi agravado pelo fato de o conteúdo ter permanecido na página da emissora no Youtube.
Na decisão, o Tribunal Superior do Trabalho considerou que o apresentador corroborou a objetificação do corpo feminino e reforçou estereótipos de gênero ao avaliar a mulher por sua “beleza e juventude”.
“Ao traçar um comparativo de ordem física entre a reclamante e a nova coreógrafa contratada, o apresentador de TV indubitavelmente reduziu, em rede nacional, mais de uma década de serviços prestados à emissora a atributos de ordem física”, diz um trecho da decisão.
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.
Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.
Já é assinante? Faça login