CartaExpressa

Se a eleição estiver apertada entre Lula e Bolsonaro, voto no PT, diz Armínio Fraga

Economista, no entanto, diz ter esperança que os dois líderes nas pesquisas não avancem para o segundo turno

O economista Armínio Fraga
Apoie Siga-nos no

O economista Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central durante o segundo governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), admitiu nesta quinta-feira 28 que pode votar no PT na eleição de outubro deste ano.

Para isso, Fraga coloca uma condicionante: a disputa no segundo turno estar apertada entre o presidente Jair Bolsonaro (PL) e Lula (PT).

“Sinceramente, tenho esperança que não seja nem Bolsonaro nem Lula. Agora, eu não igualo os dois”, afirmou em entrevista ao site Poder360. “Se a eleição estiver apertada, eu voto no PT. Se tiver com margem boa, vou anular como fiz na eleição passada, quando achava que os dois candidatos não eram satisfatórios.”

Na conversa, o economista disse ainda que vê a democracia brasileira ameaçada.

“A primeira tarefa [do futuro governo] é acabar de uma vez por toda com qualquer dúvida sobre o funcionamento da nossa democracia, [restaurar] uma certa harmonia entre os poderes”, declarou. “Eu digo ‘certa’ porque é normal que os poderes discutam, negociem dentro de certos limites. Nós estamos além desses limites.”

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Relacionadas

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.

Quero apoiar