O vice-presidente da Câmara dos Deputados, Marcelo Ramos (PL-AM), reagiu nesta segunda-feira 9 à participação de Jair Bolsonaro em um desfile de veículos blindados e armamentos da Marinha. A cerimônia acontecerá nesta terça, dia em que a Câmara deve analisar a PEC do Voto Impresso, a principal obsessão do presidente da República.
A operação contará com mais de 2.500 militares, 150 meios, entre aeronaves, carros de combate, veículos blindados e anfíbios, de artilharia e lançadores de mísseis e foguetes. Ao todo, foram transportadas 1.500 toneladas de equipamentos do Rio de Janeiro para Brasília.
“Sobre essa história de tanques nas ruas. Não quero crer que isso seja uma tentativa de intimidação da Câmara dos Deputados mas, se for, aprenderão a lição de que um Parlamento independente e ciente das suas responsabilidades constitucionais é mais forte que tanques nas ruas”, escreveu Ramos.
Nesta segunda, em entrevista à Rádio Brado, da Bahia, o presidente admitiu que a proposta deve ser reprovada e voltou a atacar Luís Roberto Barroso, presidente do Tribunal Superior Eleitoral e ministro do Supremo Tribunal Federal.
“O Barroso apavorou. Foi para dentro do Parlamento fazer reuniões com lideranças praticamente exigindo que o Congresso não aprovasse o voto impresso”, acusou.
Sobre essa história de tanques nas ruas. Não quero crer que isso seja uma tentativa de intimidação da Câmara dos Deputados mas, se for, aprenderão a lição de que um Parlamento independente e ciente das suas responsabilidades constitucionais é mais forte que tanques nas ruas.
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
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