O ministro do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, Márcio França (PSB), afirmou que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), seria o sucessor de Lula (PT) se “o coração do presidente pudesse escolher”.
França se referiu a Haddad como “idôneo, nos mesmos moldes de [Geraldo] Alckmin”, e “radical”. Ele avalia, porém, que o cenário não indica a possibilidade de Lula abrir mão da candidatura na eleição de 2026. As declarações foram proferidas em entrevista ao jornal O Globo publicada neste domingo 23.
“O coração do presidente, se pudesse escolher, seria o Haddad o seu sucessor”, declarou. “Se o Lula estivesse, por exemplo, com 90% de aprovação, acho que ele poderia fazer uma opção pelo Haddad, mantém o vice e ele vai se recolher. Mas, quanto mais equilibrado, mais nós necessitamos do Lula.”
França foi questionado especificamente sobre “buscar opções” para um sucessor do presidente e sobre o fato de Lula ter sinalizado nesta semana a possibilidade de concorrer daqui a dois anos.
Em entrevista à Rádio CBN na última terça-feira 18, Lula não mencionou nominalmente Jair Bolsonaro (PL), mas falou em evitar que o Brasil “volte a ser governado por um negacionista, como já tivemos” – embora o ex-presidente, ao menos por ora, esteja inelegível. O petista não deixou, no entanto, de citar o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), um dos favoritos a erguer a bandeira do bolsonarismo nas eleições presidenciais.
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