O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) protocolou nesta terça-feira 3 um novo requerimento de convocação do ministro da Defesa, general Walter Braga Netto, para depor na CPI da Covid.
“Não se pode sequer conjecturar a hipótese de deixar de convocar determinado cidadão apenas por pertencer às Forças Armadas (…), mormente quando desempenha tarefas no campo eminentemente civil”, diz o texto.
Braga Netto, se a CPI aceitar a convocação, terá que responder, entre outras questões, a acusação de “inércia e negligência na Coordenação de Gabinete de Crise para articular e monitorar ações interministeriais de enfrentamento ao coronavírus”.
O pedido veio na esteira da denúncia feita pelo também senador Rogério Carvalho (PT-SE), que, durante sessão da CPI, revelou que foi alvo de espionagem a mando de Braga Netto.
Em conversa com CartaCapital, Carvalho afirmou que a motivação para a perseguição teria sido um requerimento apresentado por ele à CPI da Covid que pede a quebra de sigilos do general enquanto esteve à frente da Casa Civil.
“Isso incomodou e encaminhou um oficial vinculado a ele, que deve ser da inteligência do Exército, que foi acompanhado de um coronel reformado chamado Roberval Leão, que mora em Sergipe, e foram atrás de uma pessoa das minhas relações para saber da minha vida”, detalhou o senador.
“A pessoa disse que sou uma pessoa pública, que já respondi alguns processos de improbidade, mas nenhum por roubo, desvio, dano ao erário público ou enriquecimento ilícito, mas questões de menor relevância”, acrescentou.
Leia a íntegra do requerimento apresentado por Vieira.
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