CartaExpressa

Servidores da Abin manifestam ‘consternação’ com suposto papel do órgão em plano contra Moraes

Em entrevista, o ministro do STF disse ter sido alvo do planejamento de um atentado

O ministro Alexandre de Moraes. Foto: Sergio Lima/AFP
Apoie Siga-nos no

Servidores da Agência Brasileira de Inteligência publicaram uma carta em que manifestam “consternação” com as declarações do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, sobre o suposto envolvimento da instituição nos planos golpistas de 8 de Janeiro.

A divulgação do manifesto ocorre após o jornal O Globo publicar, nesta quinta-feira 4, uma entrevista na qual Moraes diz que a Abin monitorava os seus passos para quando houvesse a necessidade de realizar a sua prisão. Segundo ele, havia um plano para prendê-lo e enforcá-lo em 8 de Janeiro.

Na carta, os servidores da Abin ressaltam que a instituição era gerenciada por servidores de outros órgãos no governo anterior, de Jair Bolsonaro (PL), quando houve “ocupação de cargos por indicação exógena em quantidade inédita na história da Abin”.

“Os servidores e servidoras da Agência Brasileira de Inteligência manifestam, neste momento, sua consternação diante das publicações na data de hoje em que se aponta suposto envolvimento do órgão no planejamento de atentado contra a vida de ministro do Supremo Tribunal Federal”, diz o texto.

Os trabalhadores também defenderam uma reforma das prerrogativas legais da Abin, com definição de meios e focos de sua atuação e valorização do quadro de pessoal.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Relacionadas

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.

Quero apoiar