Sindicatos realizaram nesta terça-feira 14 um protesto contra a atual condução da política monetária pelo Banco Central. A taxa básica de juros, em 13,75% ao ano, está no centro de críticas do presidente Lula (PT) ao comando da instituição.
Os atos ocorreram em frente a prédios do BC em Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre e miraram, principalmente, o presidente da instituição, Roberto Campos Neto.
“Juros altos significam menos emprego, prejudicam o desenvolvimento do País. Esse debate foi feito na campanha e a posição do Campos Neto foi derrotada. Portanto, ele não tem mais o que fazer na presidência do Banco Central”, defendeu na manifestação em Brasília o presidente nacional da Central Única dos Trabalhadores, Sérgio Nobre.
A CUT sustentou, ainda, ser necessário “alguém no BC que ajude a tirar o País desse caos que foi instalado nos últimos seis anos, que ajude a mudar os rumos para o Brasil voltar a ter emprego e o povo brasileiro voltar a ter dignidade”.
Na segunda 13, Campos Neto afirmou estar “aberto a trabalhar com o governo e colaborar”.
“Entendo que existe pressa da parte do presidente Lula, que existe uma agenda social. Nossa agenda é muito social. O Banco Central precisa trabalhar com o governo e eu vou fazer tudo o que estiver ao meu alcance para aproximar o Banco Central do governo”, disse o presidente do BC em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura.
Veja imagens dos atos em Brasília (fotos de Sergio Lima/AFP):
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