CartaExpressa
Sob pressão, Carlos Turchetto desiste de ocupar vaga no conselho da Petrobras
Ele havia sido indicado pelo ministro de Minas e Energia Alexandre Silveira, mas era criticado pelos petroleiros e parte da cúpula petista
![](https://www.cartacapital.com.br/wp-content/uploads/2020/10/Petrobras.jpg)
O empresário Carlos Eduardo Turchetto desistiu de ocupar a vaga no conselho administrativo da Petrobras, para a qual havia sido indicado pelo Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, no dia 28 de fevereiro.
A desistência ocorre após intensa pressão dos petroleiros e de parte da cúpula petista, que apontavam Turchetto como um dos nomes ligados ao bolsonarismo na estatal. Turchetto, porém, não citou o embate e alegou que não irá aceitar o ‘honroso convite’ por questões de cunho pessoal.
As indicações de Silveira, importante lembrar, têm gerado desconforto para o ministro nas últimas semanas. Gleisi Hoffmann, presidenta do PT, chegou a classificar a lista montada por Silveira como ‘estelionato eleitoral’.
Em outro episódio de tensão no tema, uma mensagem de Deyvid Bacelar, presidente da FUP, foi fotografada pelo jornal O Estado de S. Paulo. No texto, o sindicalista pede para que a deputada articule uma reunião entre ele e Lula para que o presidente seja convencido a barrar as indicações.
No auge da tensão, Silveira veio a público dizer que teve aval de Lula, Fernando Haddad, Rui Costa e Jean-Paul Prates para nomear os conselheiros. O fato foi confirmado por Paulo Pimenta, ministro da Secretaria de Comunicação Social de Lula.
Relacionadas
CartaExpressa
Noruega anuncia nova doação de US$ 50 milhões ao Fundo Amazônia
Por CartaCapitalCartaExpressa
Juscelino Filho será afastado do governo se Justiça aceitar denúncia da PF, diz Lula
Por CartaCapitalCartaExpressa
Em meio a debate fiscal, Banco Central publica meme sobre ‘gastar sem poder’
Por CartaCapitalCartaExpressa
Eleitores de São Paulo avaliam governo Lula em nova rodada da Paraná Pesquisas; veja os resultados
Por CartaCapitalApoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.