CartaExpressa

STF forma maioria para derrubar lei de Rondônia que proíbe linguagem neutra nas escolas

O julgamento, sob a relatoria do ministro Edson Fachin, ocorre no plenário virtual da Corte

O ministro do STF Edson Fachin. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Apoie Siga-nos no

O Supremo Tribunal Federal formou maioria, nesta quinta-feira 9, para decretar a inconstitucionalidade de uma lei de Rondônia que veda o uso da chamada linguagem neutra na grade curricular e no material didático de escolas.

A votação ocorre no plenário virtual, instrumento por meio do qual os ministros inserem seus votos no sistema da Corte sem a necessidade de uma sessão presencial. O julgamento se encerra nesta noite.

Votaram para derrubar a lei o relator, Edson Fachin, e os ministros Alexandre de Moraes, Ricardo Lewandowski, Cármen Lúcia, Dias Toffoli e Luís Roberto Barroso.

A Corte passou a analisar o tema a partir de uma ação da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino. Para a Contee, a lei é inconstitucional por, entre outras razões, atentar contra princípios fundamentais.

Ao suspender em 2021 a lei em uma decisão liminar, Fachin destacou que “norma estadual que, a pretexto de proteger os estudantes, proíbe modalidade de uso da língua portuguesa viola a competência legislativa da União.”

Na avaliação do magistrado, estados podem legislar sobre educação, mas “devem obedecer às normas gerais editadas pela União”, que tem a responsabilidade de “estabelecer regras minimamente homogêneas em todo território nacional”.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Relacionadas

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.

Quero apoiar