CartaExpressa

STJ revoga prisão preventiva de homem detido com 385 gramas de maconha

Diante da ‘pouca quantidade de drogas’, ministro decidiu adotar medidas cautelares

Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil
Apoie Siga-nos no

O ministro Sebastião Reis Júnior, do Superior Tribunal de Justiça, revogou a prisão preventiva de um homem detido em São Paulo por portar 385 gramas de maconha comprados em Mato Grosso do Sul.

O caso chegou ao STJ após o Tribunal de Justiça de São Paulo negar o pedido da defesa. Segundo os advogados, a quantidade não justifica a imputação de “transporte interestadual” de drogas.

A defesa também sustenta que a aquisição dessa quantidade ocorreu porque o homem “vive distante do local de compra, e não há nenhum elemento que indique que a sua liberdade possa acarretar risco à ordem pública”.

O ministro do STJ avaliou que o TJ-SP não apontou qualquer elemento contundente sobre a necessidade da prisão preventiva e ressaltou que o homem é tecnicamente primário e tem bons antecedentes.

“Além disso, a quantidade de entorpecente supostamente traficada é diminuta (385 g de maconha), logo, apesar de minimamente fundamentada a prisão, não está demonstrada a periculosidade do agente, a ponto de justificar o encarceramento preventivo”, diz um trecho da decisão, assinada em 30 de agosto.

Diante da “pouca quantidade de drogas”, o ministro decidiu substituir a prisão preventiva por medidas cautelares, a serem definidadas pela primeira instância.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Relacionadas

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.

Quero apoiar