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Suspeito de financiar atos do 8 de Janeiro fica em silêncio na CPMI

Conhecido como “pai da soja”, o empresário bolsonarista Argino Bedin pode ficar em silêncio por decisão proferida pelo Supremo Tribunal Federal na segunda-feira

Alan Santos/PR
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O empresário bolsonarista Argino Bedin ficou em silêncio durante seu depoimento à CPMI do 8 de Janeiro, nesta terça-feira 3. 

Conhecido como “pai da soja”, o empresário é apontado como um dos financiados dos atos golpistas em Brasília. 

Segundo as investigações, 17 caminhões pertencentes a empresa do depoente foram utilizados para bloquear as estradas durante manifestações golpistas após a derrota de Jair Bolsonaro (PL). 

Bedin teve suas contas bancárias bloqueadas por suspeitas de financiar os atos antidemocráticos por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. 

O empresário é declaradamente apoiador do ex-capitão. Em setembro de 2020, Bedin recebeu Bolsonaro no município de Sorriso, em Mato Grosso, para o lançamento simbólico do início do plantio de soja na região.

Ao menos oito pessoas com o sobrenome Bedin doaram cerca de 200 mil reais à campanha do ex-presidente. 

A opção pelo silêncio durante a oitiva foi assegurada, na segunda-feira, pelo ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal. Ele decidiu que o empresário seria obrigado a ir até o colegiado, mas poderia não responder perguntas que pudessem gerar provas contra si.

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