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Tereza Cristina omite MEC, alega não haver corrupção e diz que Bolsonaro passou mal por ‘trabalhar muito’
A ministra da Agricultura escondeu as revelações sobre o funcionamento de um gabinete paralelo, que levou à queda de Milton Ribeiro na segunda 28.
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A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, repetiu nesta terça-feira 29 a alegação de que “não há corrupção” no governo de Jair Bolsonaro. Em evento em Ponta Porã (MS), ela omitiu as revelações sobre o funcionamento de um gabinete paralelo no Ministério da Educação, que levou à queda do ministro Milton Ribeiro na segunda 28.
“Nós fizemos muito com muito pouco, porque não houve corrupção no seu governo”, disse Cristina a Bolsonaro, presente na cerimônia. A ministra também mencionou a ida do ex-capitão ao Hospital das Forças Armadas, em Brasília, na noite de segunda. De acordo com auxiliares do presidente, ele apresentou dores abdominais e refluxo, como já ocorreu em outras ocasiões.
“O presidente ontem não se sentiu bem, porque ele trabalha muito. Mesmo assim, saiu do hospital e, quando liguei ontem à noite preocupada por ele ter ido ao hospital, falaram que estava tudo mantido e que ele viria [a Ponta Porã]”, emendou Tereza Cristina.
A queda de Milton Ribeiro do MEC ocorreu em meio a descobertas sobre o protagonismo de dois pastores na liberação de recursos da pasta. Na semana passada, o jornal Folha de S.Paulo divulgou um áudio que confirma a influência de líderes religiosos sobre o repasse de verbas.
Na gravação, Ribeiro admite priorizar, a pedido de Bolsonaro, o envio de recursos a prefeituras indicadas por Gilmar Santos e Arilton Moura, da Convenção Nacional de Igrejas e Ministros das Assembleias de Deus no Brasil.
“Foi um pedido especial que o presidente da República fez para mim sobre a questão do [pastor] Gilmar”, disse Ribeiro em reunião com prefeitos e os dois líderes religiosos. “Minha prioridade é atender primeiro os municípios que mais precisam e, em segundo, atender a todos que são amigos do pastor Gilmar.”
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